Motoboy acha que Plano Simplificado de Previdência dá tranquilidade à categoria

13/02/2007 - 21h46

Érica Santana
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Prejuízo. Essa é a primeira palavra que vem à cabeça do motoboy José Carlos2 de Paula, 33 anos, quando ele fala sobre o período em que ficou impossibilitado de trabalhar por causa de um acidente de trabalho. Motoboy desde 1996, o goiano estava trabalhando quando um carro fechou sua moto em um cruzamento. Ele quebrou uma perna e duas costelas e ficou sem trabalhar por 96 dias.Como não pagava a Previdência Social, ele não recebeu qualquer auxilio financeiro. “Eu não tinha previdência. Era muito caro. Foi o período de maior dificuldade da minha vida. Eu não tinha dinheiro nem para alimentar a minha família”, explica.Para ele, o maior beneficio do decreto assinado ontem (12) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, é o fato de os trabalhadores que quiserem receber benefícios da Previdência Social optar por um desconto de 11% no seu salário e não mais de 20%.  É o chamado Plano Simplificado de Inclusão Previdenciária. O trabalhador terá direito a todos os benefícios da Previdência Social, exceto à aposentadoria por tempo de contribuição."Para nós esse desconto vale à pena, porque nós ganhamos por hora corrida. Todo custo que nós pudermos diminuir é um incentivo para nós pagarmos. É uma boa oportunidade”, diz o motoboy. Ele ressalta que é muito importante ter a garantia de receber um seguro enquanto estiver parado. “É muito difícil o tempo que a gente fica parado, mas se acontecer alguma coisa nós estamos amparados”.