Secretário de Segurança descarta nova onda de ataques em São Paulo

07/02/2007 - 19h52

Bruno Bocchini
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Ronaldo Marzagão, descartou hoje (7) a ocorrência de uma nova onda de ataques na cidade. Na madrugada de ontem (6), três ônibus de uma empresa foram queimados e um carro da polícia atingido por tiros na zona Sul da cidade. “Não posso bancar o profeta, mas estamos em situação de absoluto controle. Não vejo razão para que se compare a maio de 2006 [quando houve ataques em seqüência no estado]. Tenho visto que dia-a-dia as facções estão sofrendo golpes muitos sérios. Se houver novos ataques, vão ser pontuais”, disse Marzagão. De acordo com o secretário, todas as hipóteses estão sendo investigadas e não há ainda a confirmação de que os ataques tenham sido planejados por facções criminosas organizadas. Ele confirmou, no entanto, que os setores de inteligência da polícia paulista tinham informações antecipadas sobre as ocorrências, mas que elas não eram “específicas”, o que teria impossibilitado uma ação preventiva. O secretário afirmou ainda que a polícia elevou o nível de alerta na cidade, que deve perdurar até o final das investigações. “A segurança é a mesma, só que em um nível de alerta maior. É evidente que há necessidade de adequação do sistema policial às circunstâncias de momento”, disse. Marzagão condenou o comportamento de policiais flagrados por um cinegrafista amador enquanto agrediam pessoas na região central da cidade. Ele classificou o ocorrido na madrugada de ontem como “um episódio covarde”. Dos seis policiais flagrados, quatro já estão presos e outros dois, residentes no interior paulista, devem ser detidos assim que se apresentarem. Todos serão conduzidos à Corregedoria da polícia. Um inquérito policial militar foi instaurado e uma das vítimas, já identificada, foi submetida a exame de corpo de delito. “Será oferecida a ela toda a segurança, se ela assim entender e a circunstâncias assim indicarem, toda a segurança do estado para que ela não sofra qualquer tipo de influência”, disse.