Edla Lula
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, negou há pouco que opresidente do Banco Central, Henrique Meirelles, seria demitido. "Ele estásendo alvo de uma especulação em função do câmbio", afirmou Mantega. Nos últimos dois dias, o governo vem sendo pressionado aadotar medidas para conter a desvalorização do dólar, que nesta tarde atingiuR$ 2,07. Até membros do governo, como o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, criticarama política cambial adotada por Henrique Meirelles. Segundo Mantega, a informação da demissão do presidente doBC não tem nenhum fundamento. "Ontem conversamos normalmente, tivemosreunião com o presidente (Lula). Vida normal. Não tem nenhuma novidade nestecampo, nenhuma demissão".Hoje (07) de manhã o ministro do Trabalho falou ajornalistas que muitos empregos teriam sido gerados se o BC modificasse a suapolítica cambial. Marinho afirmou que o modelo atual é insuficiente paragarantir a geração de empregos. "É o ponto de vista dele. Vamos respeitar o ponto devista do ministro do Trabalho. É opinião dele. Acho que estamos criando cadavez mais empregos, a economia brasileira está se aquecendo, está crescendo mais,e agora com o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) certamente teremos umcrescimento bastante satisfatório para este ano. Isso significa aumentar mais onúmero de empregos no país. Estamos na direção correta", afirmou Mantega. O ministro da Fazenda insistiu que o governo não vai adotar medidas artificiaispara elevar o valor do dólar. "Nós temos que pensar que hoje o Brasil é umpaís muito sólido e infelizmente, ou felizmente, isso afeta o câmbio",disse o ministro, lembrando que nos últimos anos “o país elevou suas reservas eo superávit comercial continua sólido". Deacordo ainda com o ministro, entre as razões para a valorização do real há motivaçõesinternacionais. "Houve um movimento especulativo de fora para dentro quevalorizou o real", argumentou.