Índice da construção civil cai em janeiro, mas sindicato destaca tendência de normalidade

07/02/2007 - 18h37

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O Índice Nacional da Construção Civil de janeiro subiu 0,27%, mas ficou 0,18 ponto percentual abaixo do registrado em dezembro (0,45%), divulgou hoje (7) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com a gerente interina do Sistema Nacional de Pesquisa de Custo e Índices da Construção Civil (Sinap) do IBGE, Sandra Lúcia Sá dos Reis, na comparação com janeiro de 2005 houve retração de 0,16 ponto percentual. Já o diretor de Economia do Sindicato da Indústria da Construção Civil de São Paulo (Sinduscon-SP), Eduardo Zaidan, analisou que "o importante é se olhar para a tendência, que é de acompanhar mais ou menos a inflação média da economia, e esse é um cenário de bastante normalidade".Zaidan lembrou que os preços de cada "família" de materiais de construção sofrem influência dos mais diversos fatores: "Os metais não ferrosos e o minério de ferro, por exemplo, são cotados internacionalmente e têm a influência também do dólar".  Os dados do IBGE apontam que o custo da construção por metro quadrado subiu de R$ 571,00 para R$ 572,52. Desse total, R$ 331,39 referem-se ao material e R$ 241,13, à mão-de-obra. Esses dois componentes variaram 0,31% e 0,21% em janeiro, respectivamente. A maior variação do INCC em janeiro foi registrada no Nordeste (0,52%), com destaque para o Maranhão, onde a alta chegou a 2,39%. A gerente do IBGE ressalvou que a variação no Norte também foi alta (0,51%) e explicou que o acordo salarial em Tocantins influenciou no resultado. Já na região Nordeste, o acordo no Maranhão e o adiantamento de algumas categorias no Piauí determinaram a alta. Em contrapartida, Santa Catarina apresentou a menor variação (0,01%) e, segundo Sandra dos Reis, o índice mostrou-se praticamente estável  nesse estado. O custo de construção mais elevado em janeiro foi observado em Roraima, com R$ 688,55 para o metro quadrado. Nos últimos 12 meses, a variação acumulada pelo INCC é de 4,96%. No Nordeste, ficou em 6,03%, a mais alta do período, e no Sul, em 3,77%, a mais baixa.