Governador do Rio diz que não vai tolerar atuação de milícias

07/02/2007 - 10h29

Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, disse hoje (7) que não vai tolerar a atuação de grupos armados que vendem segurança a moradores e comerciantes em várias comunidades do estado. Segundo ele, o Estado formal não pode permitir a existência de um Estado paralelo, seja comandado pelo tráfico ou por milícias.“Imagina seu eu vou tolerar milícia, isso é o fim do mundo. Quem estabelece a ordem e a legalidade é o Estado, não é a milícia. Não vamos aceitar isso em hipótese alguma”.Ele defendeu a garantia dos direitos da população por meio de leis e da segurança pública e disse que a situação caótica principalmente nas comunidades carentes que vivem o controle das milícias foi causada pela ausência do estado em áreas fundamentais, como social e saúde.Cabral citou o exemplo de Bogotá, na Colômbia, que, segundo ele, vive uma crise em questões de segurança por ter sido permitida a atuação de grupo paramilitares. “A situação ficou fora de controle, você não pode permitir que pessoas sem representar o Estado estabeleçam o que pode e o que não pode na comunidade.”.Nesse sentido, o governador informou que a Secretaria de Segurança Pública vai determinar a retirada o portão que modificou o acesso à comunidade da Vila Joaniza, na Ilha do Governador, impedindo a passagem de carros em uma das principais vias de acesso. O portão teria sido instalado pelas milícias que atuam na região para dificultar a invasão da comunidade por traficantes.