Alex Rodrigues
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Segundo maior produtor mundial deetanol, atrás apenas dos Estados Unidos, o Brasil tem a oportunidade deliderar o processo de adoção de novas fontes energéticas que substituamo petróleo. A opinião é do chefe da Secretaria de Gestão e Estratégiada Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), EvandroMantovani.
O Brasil, segundo ele,é destaque na substituição de combustíveis fósseis, como o gás e opetróleo, por alternativas renováveis e não poluentes, como o etanol eo biodiesel. Em 2006, o país produziu 16 bilhões de litros de etanol,um bilhão a menos que os Estados Unidos, que utilizam principalmente omilho – no Brasil, é a cana-de-açúcar.
“Existemoutros produtos que o Brasil já utilizou, como a mandioca e a batata,mas a cana-de-açúcar é nosso produto de maior competitividade”,acrescentou.
Mantovani defendeque aumentar o volume de etanol produzido hoje não significanecessariamente expandir as áreas ocupadas por plantações de cana. “Épossível utilizar áreas degradadas por pastagens e recuperá-lasplantando cana”. Segundo ele, há cerca de 40 milhões de hectaresdisponíveis para esse fim. Os produtores, garante, aindapodem obter mais etanol antes de ampliar suas plantações. “Podemos teravanços de produtividade por hectare plantado. Hoje, o que está em jogoé que para ter competitividade é preciso ter tecnologia. Nós temostecnologia e, no momento, somos competitivos. Então, devemos aproveitaros processos que permitem explorar a produção agrícola de formasustentável”.