Operação em Ji-Paraná prende quadrilha que produzia material pirata

02/02/2007 - 17h36

José Carlos Mattedi
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Uma operação conjunta das polícias Federal, RodoviáriaFederal e Militar prendeu 15 pessoas acusadas de pertencer a uma quadrilha queproduzia e vendia material pirateado em Ji-Paraná, em Rondônia. Outras seispessoas foram intimadas a prestar esclarecimentos na Polícia Civil. Foramapreendidos milhares de CDs, DVDs e equipamentos eletrônicos, além de uma armae munições. A ação, denominada Paralelo 5, reuniu 90 policiais, sendo 50da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que comandou a operação, e o restante daspolícias federal e militar. A Justiça havia expedido 21 mandados de busca eapreensão em residências e estabelecimentos comerciais da cidade, e todos foramcumpridos, segundo informou o superintendente substituto da PRF nos estados deRondônia e Acre, inspetor Alvino Domingues.Domingues acredita que a quadrilha tem ramificações emoutros estados e até na Bolívia. “O material apreendido é de origemestrangeira, e entrou ilegalmente no Brasil pela fronteira com o país vizinho”,informou. Além de CDs e DVDs, a polícia recolheu equipamentoseletrônicos para gravação, que permitiam reproduzir até 12 CDs de uma únicavez, computadores e uma impressora que imprimia as capas dos produtos.O inspetor informou que a quadrilha agia no estado há cercade dois anos e vinha sendo monitorada há dois meses. Os presos são comerciantese profissionais liberais – um menor também foi detido, mas logo em seguidaliberado, pois seria “um vendedor dos produtos”. Em uma das residências, foiencontrado um estúdio de gravação. Donos de uma loja também foram presos porvenderem material pirateado – todo o produto foi recolhido.Em 2006, a PRF apreendeu 6.646.738 CDs, DVDs e VHSsirregulares. Esse número corresponde a 364% a mais do que foi apreendido em2005. Somente em Rondônia e no Acre, foram apreendidos no ano passado 303.262CDs, DVDs e VHSs, um crescimento de 416% em relação a 2005.Estimativa da PRF indica que o mercado brasileiro de falsificaçãomovimente por ano cerca de R$ 63 bilhões.