Lula pede envolvimento do Congresso com o PAC

02/02/2007 - 16h57

Roberta Lopes
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Em sua mensagem por escrito ao Congresso Nacional, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, pediu empenho dos parlamentares com a aprovação do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). “O PAC depende do discernimento soberano deste Congresso para se tornar a agenda de toda a Nação”, afirma o texto, lido em plenário pelo primeiro secretário do Congresso, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR).No texto, Lula também afirma que o PAC é um novo padrão de crescimento. “Seu objetivo é expandir a infra-estrutura física e social do País, desonerar o capital produtivo, gerar empregos, distribuir renda e assegurar novos saltos na competitividade das nossas exportações". Esse programa, segundo a mensagem, implanta  um novo padrão de crescimento, que deverá superar a desigualdade de renda e os desequilíbrios regionais, “para semear a grande comunhão republicana que assegura um mesmo ponto de partida igual para todos os brasileiros.”  A mensagem também destaca avanços que o país viveu nos últimos quatro anos, segundo Lula. O presidente destaca que as exportações brasileiras cresceram 130% desde 2003. O saldo comercial acumulou mais de US$ 150 bilhões nesse período. E as reservas ultrapassaram o valor da dívida externa pública.O documento também afirma que as condicionalidades do sistema econômico mudaram. “O Brasil agora pode acelerar a engrenagem do seu crescimento. Não como um fim em si mesmo, não para homologar a injustiça triunfante no passado”, diz o documento. Outro ponto destacado no documento é que hoje há estabilidade financeira, e “o que é mais importante, legitimidade política”. Segundo a mensagem a inflação caiu de 12,5%, em 2002, para 3,14% em 2006, na menor variação de preços desde 1998.A mensagem também afirma que as taxas de juros caíram “e devem seguir em trajetória firme de queda.” Também houve, segundo o documento, uma maior confiança na economia o que “despertou o apetite pelo risco”, o que criou instrumentos financeiros para a captação de novos investimentos.