Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje (2) que fará acompanhamento “pente fino” na execução do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para impedir atrasos burocráticos. “Não acontecem [projetos], muitas vezes, porque tem legislação nesse país, tem coisas que impedem, tem tempo para fazer as coisas. Tem uma máquina pública poderosa, competente, mas cumpridora de uma legislação, muitas vezes, rígida demais”, afirmou o presidente, no lançamento da pedra fundamental da unidade de polipropileno da Refinaria Petroquímica de Paulínia, cidade a 120 quilômetros da capital paulista.Lula citou, como exemplo, a demora para construção de uma usina hidrelétrica no país, segundo ele, devido a “nuances jurídicas, problemas ambientais, problemas de muitos órgãos envolvidos na liberação, na autorização”.No evento, Lula destacou que o consumo per capita de polipropileno aumentou mais de 15% no país e disse que, por isso, acredita que nos próximos anos serão necessárias outras refinarias com capacidade de produção semelhante à de Paulínia para atender o mercado.A unidade de polipropileno é uma das obras do PAC e será construída pela empresa privada Braskem e a Petroquisa, subsidiária da Petrobras. De acordo com a estatal, serão investidos cerca de US$ 300 milhões na usina, que entrará em funcionamento no primeiro trimestre de 2008 com capacidade de produzir 350 mil toneladas de polipropileno (resina usada na fabricação de embalagens para alimentos, higiene pessoal, limpeza e etc).Quando entrar em operação, a fábrica gerará mais de 20 mil empregos diretos e indiretos na região, disse o presidente Lula. O PAC prevê investimentos de aproximadamente US$ 10, 8 bilhões em outros cinco projetos petroquímicos, entre eles, o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro.