Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro aguarda licenciamento ambiental

02/02/2007 - 19h48

Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A Petrobras já obteve da Prefeitura de Itaboraí (RJ) uma certidão reconhecendo que o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), obra inserida no Plano deAceleração do Crescimento (PAC), será instalado em uma Zona Estritamente Industrial (ZEI). O documento é pré-requisito para o início do processo de licenciamento ambiental junto às autoridades estaduais, que deverá ser novamente discutido em reunião marcada para o próximo dia 12, com representantes de todos os órgãos e empresas envolvidos. O Comperj deverá produzir anualmente 1,3 milhão detoneladas de eteno, 900 mil toneladas de propeno, 360 mil toneladas debenzeno e 700 mil toneladas de p-xileno, além de derivados de petróleo,principalmente coque. Duranteas obras de construção, a estimativa da Petrobras é de que sejam criados 212 mil empregos(diretos e indiretos). Na fase de implantação das empresas desegunda geração, deverão ser incorporados outros 200 mil empregos. Os investimentos estimados inicialmente no Comperj serão de cerca deUS$ 6,5 bilhões, volume que poderá chegar a cerca de US$ 8,5 bilhõesquando forem agregadas ao projeto as cerca de 200 indústrias detransformação que integração o complexo, já considerado o maior empreendimentoindustrial das últimas décadas no Brasil e um dos maiores do mundo nosetor petroquímico. Em operação, o Comperj terá capacidade paraprocessar 150 mil barris por dia de petróleo pesado proveniente daBacia de Campos e produzir matéria-prima petroquímica e derivados.Nele a Petrobras e seus parceiros vão implantar a Unidade PetroquímicaBásica (central petroquímica de primeira geração), com investimentostotais estimados em US$ 3,5 bilhões, destinados à produção dematérias-primas básicas (eteno, propeno, benzeno e paraxileno).O uso do petróleo pesado produzido no Brasil como insumo para gerar produtos petroquímicos, em substituição à nafta – que ainda é, em parte, importada – poderá gerar uma economia de mais de US$ 2 bilhões por ano em divisas.