Brasil e França firmam acordos de cooperação tecnológica

02/02/2007 - 12h52

Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Os governos do Brasil e da França firmaram hoje (2) três acordos para aumentar o nível de cooperação tecnológica. Um dos convênios se destina à pesquisa de novos materiais, a partir do átomo, conhecida como nanotecnologia, muito utilizada na medicina eletrônica, informática, física, química, biologia, semicondutores e chips eletrônicos, dentre outros.O acordo foi assinado pela ministra de Comércio Exterior da França,Christine Lagarde, e pelo ministro interino do Desenvolvimento,Indústria e Comércio Exterior, Mário Mugnaini. Os ministrosreferendaram ainda os protocolos de cooperação em promoção comercial,com participação da Apex-Brasil (Agência de Promoção de Exportações eInvestimentos), e também de propriedade industrial. Participaram dasolenidade autoridades e empresários da delegação francesa.Além da discussão de temas para incrementar o comércio bilateral, no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC), o ministro interino e secretário da Câmara de Comércio Exterior (Camex), Mário Mugnaini, destacou o interesse brasileiro no desenvolvimento de biocombustíveis e na colaboração com a França para apresentação da tecnologia flex-fuel, desenvolvida no Brasil, que permite aos veículos utilizarem gasolina, álcool, ou mistura dos dois.A tecnologia já é utilizada pela montadora francesa Peugeot, que participou, inclusive, de uma pequena exposição de carros bicombustíveis, no estacionamento do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, visitada pela delegação francesa. A França já optou pela adição de 5,75% de álcool na gasolina, a partir de 2008, e pode fazer parceria para a produção de álcool no Brasil e em outros países. "Queremos estimular pesquisas conjuntas e desenvolver tecnologia de ponta para o desenvolvimento de pequenas e médias empresas do Brasil e da França, além de promover a cultura da propriedade industrial e incentivar a proteção das indicações geográficas e denominações de origem", afirmou Mugnaini.