Irene Lôbo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Os prestadores e operadores dos sistemas deágua, esgoto, resíduos sólidos e águas pluviais começam a ser treinadoseste ano para evitar acidentes nas estações de tratamento de água eesgoto, promover a redução da produção de lixo, propiciar a conservaçãodas águas e a despoluição dos rios e diversas outras situações.
Acapacitação em saneamento envolverá universidades de todo o país, queintegram a Rede Nacional de Capacitação e Extensão Tecnológica emSaneamento Ambiental (ReCESA).
Hoje (1º) eamanhã (2), o comitê gestor da ReCESA, que envolve técnicos dosMinistérios das Cidades, do Trabalho, da Educação e da Agência Nacionalde Águas (ANA), reúne-se em Brasília para discutir como será oplanejamento e o desenvolvimento dos cursos em 2007. O público-alvotambém participa da reunião, por meio de videoconferência, e poderáopinar sobre oficinas-teste realizadas no ano passado em que foramtestadas as técnicas pedagógicas e o material didático que seráutilizado nas aulas.
O coordenador doPrograma de Modernização do Setor de Saneamento do Ministério dasCidades, Ernane de Miranda, explicou que a rede não é apenas um projetode cursos e treinamentos para capacitação. A idéia, segundo ele, étransformar a ReCESA num projeto permanente, que certifiqueprofissionalmente todos os trabalhadores dos sistemas de saneamentobásico do país.
“Isso dará para a sociedadeuma segurança em termos de qualidade do desenvolvimento do trabalhodesses operadores, e poderá repercutir no ponto de vista de eliminar orisco de acidentes”, disse Miranda.
Paraele, o país tem três grandes desafios na área de saneamento pararesolver nos próximos anos: implementar a Política Nacional deSaneamento Básico; ampliar os investimentos em saneamento para alcançara universalização dos serviços de água e esgoto e recuperar ascompanhias de saneamento e serviços municipais para que aumentem aqualidade do serviço oferecido à população.
SegundoMiranda, a reunião discutirá também a agenda do saneamento para ospróximos quatro anos, tendo em vista a previsão de investimento de R$40 bilhões na área por meio do Programa de Aceleração do Crescimento(PAC), anunciado recentemente pelo presidente Lula. Outro assunto queestará na pauta é a implementação da Lei do Saneamento (Lei nº11.445/2007).