Aécio Amado
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Brasil-África: um Rio chamado Atlântico é o tema da 5ªBienal de Arte, Ciência e Cultura da União Nacional dos Estudantes (UNE) que seráaberta hoje (27), às 19h30, com um espetáculo que reunirá no palco da FundiçãoProgresso, na Lapa, artistas como Dona Ivone Lara, o grupo de jongo do QuilomboSão José e o percursionista Nana Vasconcelos.Durante sete dias, cerca de dez mil estudantes de todo paísestarão reunidos em diversas oficinas de debates, onde estarão em discussão asrelações do Brasil com a África nos níveis cultural, artístico e econômico.O presidente da UNE, Gustavo Petta, coordenador geral da 5ªBienal, disse que debater as relações da África com o Brasil é uma forma demanter em evidência todos os elementos que une o Brasil ao continente africano.“Isso é muito importante, porque nós sabemos que boa parteda formação cultural brasileira tem suas raízes no continente africano. Achoque isso precisa ser resgatado e afirmado a todo momento. O povo africano veiopara o Brasil, foi escravizado, foi humilhado, foi sufocado, mas conseguiuresistir, mantendo muito forte as suas tradições, a sua cultura, e hojeinfluencia muito na formação da cultura brasileira”, destacou Petta.O presidente da UNE disse que a bienal também será palco deuma mostra que reunirá na Fundição Progresso o que há de melhor na produçãouniversitária brasileira. São filmes, vídeos e livros que revelam “o vigorcriativo dos estudantes universitários”.Gustavo Petta disse que cerca de seis mil estudantes deoutros estados, além de quatro mil universitários fluminenses, fizeraminscrições e estarão participando da bienal e suas oficinas.“Nós teremos delegações de todos os estados. Estamos com umaexpectativa muito boa. É a maior bienal da história da UNE, recorde de inscrições,recorde de pessoas participando. Vai ser um importante espaço de integração, deintercâmbio cultural entre estudantes de todo Brasil”, disse.