Brasil leva à África experiência na universalização de energia elétrica

27/01/2007 - 19h10

Daniel Merli e Lourenço Canuto
Repórteres da Agência Brasil
Brasília - “Os países africanos ainda estão em situação de muito atrasoem relação ao Brasil para a implantação de programas visando a universalizaçãodo fornecimento de eletricidade às comunidades mais pobres, comoacontece aqui com o programa Luz para Todos, segundo constatou oassessor especial do Ministério de Minas e Energia, Aurélio Pavão de Farias.Ele participou de discussões, no Quênia, sobre o assunto, durante o 7oFórum Social Mundial.Aurélio avalia que o modelo de privatização implantado nocontinente africano, ao lado da questão da regulamentação e da falta derecursos, são os maiores impasses para que a população africana mais pobretenha acesso à energia elétrica. Apenas 40% dos africanos  contam hoje com esse serviço em casa.Segundo Aurélio, “a situação é agravada pela falta deinteresse das empresas privadas em universalizar o serviço, em vista dasituação econômica crítica vivida pela população e da falta de recursospúblicos para essa expansão”. No Brasil, segundo o assessor, a universalização do fornecimentode energia elétrica foi alcançada mais cedo porque o governo investiu nessaárea, se antecipando ao cumprimento da meta exigida das distribuidoras, previstapara 2015.“A solução para a África é haver investimento público eprivado, com a contribuição também de outras nações”, disse. Os africanos estão interessados nas fontes alternativas deenergia. O assessor do Ministério de Minas e Energia mostrou no Quênia aexperiência brasileira com o biodiesel e o biocombustível e na substituição decombustíveis não renováveis por fontes renováveis e não poluidorasdespertando muito interesse dos africanos.