Pacientes de operação para obesidade sofrem discriminação, diz médico

27/01/2007 - 11h36

Shirley Prestes
Repórter da Agência Brasil
Porto Alegre - Os pacientes de cirurgias para obesidade “são pessoas muito fragilizadas, discriminadas por causa da doença, mas que não têm culpa de serem gordos”, diz o cirurgião bariátrico Nelson Meinhardt.Ele é chefe da unidade do Hospital Conceição, em Porto Alegre, que atende pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e já realizou quase 240 cirurgias de obesidade.Uma das pacientes que aguarda a cirurgia é a técnica administrativa Fausta Mossi da Silva, de 35 anos, que está com 115 quilos de peso. Há dois meses fazendo tratamento nutricional e psicológico para se submeter à cirurgia, ela espera perder pelo menos 40 quilos.“Só fazendo o regime pré-operatório, já consegui emagrecer cinco quilos”, disse ela. Mossi explicou que para faz uma programação de exercícios físicos compatíveis com seu peso, sua idade e com suas aptidões.  “O segredo é ter muita força de vontade para conseguir o que se quer”, destacou a paciente, que mora em Viamão, na região Metropolitana da Capital gaúcha. Fausta disse ainda, que pensa no futuro. “Se eu não conseguir emagrecer agora, vou engordar cada vez mais”.Ela destacou também a importância de ter o apoio da família para obter sucesso no procedimento. Sua principal dúvida em relação à cirurgia é sobre as complicações do pós-operatório. “Por enquanto, está tudo bem”, garantiu.