Tânia Paula Pereira
De A Voz do Brasil
Brasília - Os participantes do programa Crédito Solidário terão agora um prazo de carência sobre empréstimos do programa Crédito Solidário. Eles terão até 2 anos para construir as casas e mais 20 anos para pagar a dívida.A mudança ocorreu por que, segundo o Ministério das Cidades,as famílias tinham dificuldade de pagar o financiamento enquanto construíam a casa, já que muitas têm de pagar o aluguel, por exemplo.O programa Crédito Solidário faz empréstimo, sem juros, a famílias de baixa renda para compra de casas, terrenos e material de construção, além de oferecer financiamento para a reforma de prédios antigos e regularização fundiária. Para pedir o empréstimo, as famílias devem ter uma renda familiar de até cinco salários mínimos (R$ 1.750), além de fazer parte de sindicatos, associações e cooperativas. O programa é financiado com recursos do Fundo de Desenvolvimento Social, o FDS.Outra mudança é que as famílias vão poder contar com mais dinheiro para o financiamento. No Distrito Federal e nos municípios das regiões metropolitanas das cidades do Rio de Janeiro, São Paulo, Campinas, Baixada Santista e Belo Horizonte, por exemplo, o limite do financiamento subiu de R$ 28.750 para R$ 30 mil. Já nos municípios das outras regiões metropolitanas, o valor do financiamento subiu de R$ 20 mil para R$24 mil.Nos municípios com mais de 50 mil habitantes, mas que não fazem parte das regiões metropolitanas, o valor do empréstimo subiu de R$ 15 mil para R$18 mil. E nos demais municípios o valor limite do financiamento passou de R$10 para R$12 mil.O Diretor do Departamento de Produção Habitacional do Ministério das Cidades, Daniel Nolasca, explica que as famílias que já participam do Crédito Solidário também terão acesso às mudanças: “As cooperativas ou sindicatos podem procurar a Caixa Econômica Federal e pedir uma repactuação ou do prazo de construção, tendo assim a carência, ou do valor do financiamento.”afirma.“Essa mudança é um grito dos movimentos organizados, nós estamos implorando para que o governo facilitasse mais a vida daquelas pessoas que não têm de forma alguma meios de conseguir moradia, a não ser na forma de cooperativismo.”, afirma Lourenço Furtado, presidente da Cooperativa de Construção Civil (Cooci) que fica no Município de Novo Gama, entorno do Distrito Federal, onde cerca de 30 famílias participam do programa Crédito Fundiário.O Crédito Solidário foi criado em 2003 e atende atualmente a 10 mil famílias. Outras 10 mil estão em processo de contratação. As cooperativas e associações que quiserem participar do Programa devem procurar a agência mais próxima da Caixa Econômica Federal.