Jornalistas passam semanas sem sair das redações em Bagdá

27/01/2007 - 17h20

Álvaro Bufarah
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Por conta da enorme falta de segurança nas ruas de Bagdá, a mídia opera de forma precária na cidade, diz Awni Al Deiry, único funcionário da embaixada do Brasil no país. Os redatores dos veículos impressos, segundo ele, ficam dentro das redações por semanas, saindo a cada dez ou quinze dias para verem suas famílias. Para garantir o mínimo de segurança na procura por notícias, os repórteres não vão à redação, trabalham nos bairros da capital iraquiana e enviam suas informações por telefone ou e-mail.Segundo ele, em meio a tanto caos, as pessoas só deixam suas casas em momentos de necessidades, como para buscar comida ou algum tipo de remédio. Como as ações estão limitadas a um quarteirão, há pouco contato entre os vizinhos. Mas ainda há casos de solidariedade entre os moradores de Bagdá que, em muitos momentos, se arriscam para ajudar uma família amiga, principalmente com problemas de saúde e na locomoção de gestantes e doentes para os poucos hospitais.