Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A menos de uma semana para a eleição para a Presidência doSenado, o atual presidente, Renan Calheiros (PMDB-AL), apesar de já terrecebido manifestações públicas de apoio de senadores de vários partidos à suareeleição, ainda não oficializou sua candidatura. À imprensa, o parlamentar temdito que se houver um nome que represente melhor o PMDB, contará com seu apoio.O PMDB é a maior bancada na Casa, o que, por tradição, lhegarante a indicação da vaga para a Presidência do Senado. Até a próximaquarta-feira (01), os peemedebistas reúnem-se para homologar a candidatura deRenan Calheiros. A eleição, no dia 1º de fevereiro, será conduzida pelosenador Efraim Moraes (PFL-PB). O Regimento Interno da Casa estabelece que, naausência do presidente, o processo eleitoral será conduzido pelo senador maisvelho da Mesa Diretora.Apesar do recesso parlamentar, Calheiros permaneceu emBrasília e despachou quase que diariamente em seu gabinete. Como presidente doSenado, o peemedebista defende a limitação da edição de medidas provisóriaspelo presidente da República, e viu aprovada nova regra para o funcionamento daComissão Mista de Orçamento.O líder do PFL, José Agripino Maia (RN), já oficializou acandidatura. Ele recebeu apoio do PSDB, partido que juntamente com o PFL formouum bloco na atual legislatura. O PDT, outro partido integrante do bloco, aindanão tomou posição sobre a eleição para a Presidência do Senado.Entre as propostas do pefelista está a rotatividade nadistribuição de relatorias das medidas provisórias editadas pelo presidente. “OCongresso não pode legislar para privilegiar A ou B. Posições políticasdistintas podem ajudar a listar defeitos e qualidades nas matérias. A intençãoé o equilíbrio”, defendeu o parlamentar.Como Calheiros, o líder do PFL também defende a redução daedição das medidas provisórias. “Podemos retomar as discussões de projetos etemas que não fiquem no dia-a-dia penoso das medidas provisórias ou nosprojetos que beneficiam este ou aquele segmento”, afirmou.Ele também defende que o salário dos parlamentares nãoultrapasse o índice de inflação. No seu entender, depois de várias CPIs quedesgastaram a imagem do Congresso, está na hora de o Parlamento “dar o exemploà sociedade”.