Shirley Prestes
Repórter da Agência Brasil
Porto Alegre - Lideranças empresariais e políticas do estado elogiaram o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), anunciado hoje (22). Mesmo destacando as obras contempladas pelas rodovias gaúchas – como a duplicação das BRs 101 e 116, e as ampliações do Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, e do Porto de Rio Grande, eles fizeram ressalvas a iniciativa. O presidente da Federação gaúcha das Associações Comerciais e de Serviços (Federasul), José Paulo Dornelles Cairoli, disse que o Programa “é o inicio de um processo, mas insuficiente para atender às necessidades de crescimento do país”. Segundo ele, para ampliar a taxa de crescimento brasileiro para além de 5%, “as medidas deveriam vir acompanhadas por reformas estruturais principalmente a tributária e a previdenciária”. Também o presidente do Sistema Fecomércio, Flávio Sabatini, afirmou que o PAC “veio em bom momento e atinge toda a cadeia produtiva nacional”. Ele ressaltou, porém, que o pacote poderia ter avançado mais na área tributária. Já o presidente da Federação da Agricultura (Farsul), Carlos Sperotto, destacou que o projeto “não inclui o setor primário em nenhum dos itens”. Ele informou que vai aguardar os desdobramentos do programa. Na Assembléia Legislativa gaúcha, os deputados Adão Villaverde e Dionilso Marcon (PT) falaram sobre a importância do PAC. Marcon destacou os R$ 106 bilhões para habitação, que beneficiarão mais de 4 milhões de famílias. “Desse total R$ 55,9 bilhões serão repassados às famílias com renda de até cinco salários mínimos, cujo déficit habitacional é maior”. E Villaverde ressaltou que o programa prevê o investimento de R$ 503,9 bilhões em infra-estrutura até 2010.