Gabriel Corrêa
Da Agência Brasil
São Paulo - A Força Sindical classificou o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) como uma proposta “tímida e com pouca ousadia” para o desenvolvimento do país, segundo nota divulgada na tarde de hoje (22). De acordo com Paulo Pereira da Silva (Paulinho), presidente nacional do sindicato, “o PAC não resolve as questões estruturais do país”, pois não apresenta “uma eficiente e profunda reforma tributária e fiscal, queda drástica na taxa básica de juros, melhorias na segurança pública e investimentos maciços na educação”.Paulinho considera pontos positivos do Programa a redução de despesas tributárias para setores de energia, transporte e saneamento, além do aumento do salário mínimo. Esses acordos haviam sido acertados previamente pelo governo com representantes das centrais sindicais.Na nota, a Força Sindical ainda considera "irrisório" o índice de reajuste salarial para o funcionalismo público anunciado, de 1,5% mais a inflação acumulada. O sindicato também informou que entrará com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o Fundo de Investimento, devido ao anúncio de que parte do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) seria aplicada sem consulta ao trabalhador sobre o destino das aplicações.No fim da tarde, representantes da Força Sindical se reuniram com os da Central Única dos Trabalhadores (CUT), da Central Autônoma dos Trabalhadores (CAT) e da Confederação Geral dos Trabalhadores Central (CGT), para discutir o programa de crescimento anunciado pelo governo.