Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O presidente da Associação Brasileira da Indústria Gráfica, Alfred Plöger, eque também dirige a Associação Brasileira do Mercado de Capitais (Abrasca),avaliou como tímidas as medidas anunciadas pelo presidente da República, LuizInácio Lula da Silva. “Estamos um pouco céticos sobre os efeitos”, disse, sobreo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Em sua avaliação, o conjunto demedidas é “insuficiente” para atingir um crescimento do Produto Interno Bruto(PIB) de 4,5% neste ano e de 5% nos próximos.Em sua análise, o país vem perdendo competitividade no mercado internacionalpor falta de investimentos em áreas de escoamento da produção. Nesse sentido, eledisse que falta maior ousadia por parte da área governamental. Além disso, odirigente empresarial queixou-se da falta de medidas que desonerem o setorprodutivo.“Se não forem feitas reformas estruturais de grande profundidade nasáreas tributárias, de desoneração da mão-de-obra, previdenciária e política,não há como alavancar o crescimento do PIB de forma relevante”, acentuou. Nasua previsão, a expansão da economia não ultrapassará os 3% em 2007.“O PAC não é todo ruim e será excelente, por exemplo,para a indústria da construção civil”, ressalvou Plöger.