Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) disse hoje (22) que a Casa analisará todas as medidas anunciadas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) com a "independência e harmonia" que a Constituição Federal estabelece. Desta forma, acrescentou, a Câmara vai aperfeiçoar o que for necessário para garantir o crescimento da economia e a geração de empregos.Candidato à reeleição para a Presidência da Câmara, Rebelo afirmou que se for reconduzido ao cargo para um mandato de mais dois anos, estabelecerá uma agenda de conversas com governadores, prefeitos e representantes do empresariado e dos trabalhadores, para debater o PAC. E considerou natural que seja estabelecida "uma nova etapa" na relação com o Executivo. Aldo Rebelo também desvinculou a eleição, prevista para 1º de fevereiro, da tramitação das propostas de crescimento elaboradas pelo Poder Executivo: "Não creio que a eleição seja obstáculo aos projetos". E acrescentou que o Legislativo não poderia impor obstáculos a propostas de interesse do país e da população.Já o candidato Gustavo Fruet (PSDB-PR) disse que é necessário, primeiro, conhecer o conteúdo de todas as medidas anunciadas hoje no Palácio do Planalto. E afirmou que se for eleito manterá "uma relação institucional com o Executivo, reafirmando a independência da Casa". O deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) informou que pretende propor ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, se for eleito, que parlamentares com mais conhecimento sobre cada setor beneficiado pelo PAC acompanhem os debates entre o Executivo, os governadores, os prefeitos e os representantes da sociedade civil.Com isso, acrescentou, a tramitação do programa no Congresso pode ser acelerada: "Como são temas de interesse do país, creio que o debate será profundo no mérito", explicou. Chinaglia disse ainda que as medidas devem começar a ser debatidas no dia seguinte à eleição dos presidentes da Câmara e do Senado.