Analistas projetam queda na taxa básica de juros nesta semana, diz Banco Central

22/01/2007 - 10h37

Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A taxa básica de juros (Selic), que está em 13,25% ao ano, deve cair para 13% na próxima quarta-feira (24), quando termina a primeira reunião de 2007 do Comitê de Política Monetária (Copom). Essa é a perspectiva de analistas de mercado e de instituições financeiras ouvidos pelo Banco Central (BC) na última sexta-feira (19). A consulta é feita todas as semanas para acompanhar, com a iniciativa privada, indicadores da economia. Ela dá origem ao Boletim Focus que o BC divulga todas as segundas-feiras.  Segundo o boletim de hoje (22), os analistas acreditam que a Selic fechará 2007 em 11,50% ao ano, projeção pouco menos que a da pesquisa anterior, quando os analistas apostavam no encerramento em 11,75% ao ano.A pesquisa manteve a expectativa de que a cotação do dólar norte-americano, atualmente na faixa de R$ 2,15, chegará ao final do ano em torno de R$ 2,20, o que demonstra uma perspectiva de estabilidade cambial sem precedentes, considerando-se que o câmbio é flutuante, ajustado ao sabor do mercado.O Boletim Focus manteve, também, as expectativas anteriores sobre o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, a soma de todas as riquezas produzidas no país). De acordo com os entrevistados, em 2006 o crescimento do PIB deve ter ficado em torno de 2,73%. A projeção para este ano continua em 3,50%.A previsão de crescimento da produção industrial caiu mais um pouco em relação ao ano passado: em vez dos 3,06% revelados na pesquisa anterior, os analistas apostam agora em 3,03%, e há seis semanas projetam crescimento de 4% em 2007.Sobre a relação dívida líquida do setor público e PIB, a análise desta edição foi mais positiva que a anterior. Na semana passada, a projeção era de que a relação dívida/PIB fecharia 2006 em 50,05%; nesta avaliação, esse percentual caiu para 50%. A expectativa para o final de 2007 passou de 48,90% para 48,80%.Os analistas ouvidos pelo BC diminuíram a previsão de saldo da balança comercial (exportações menos importações) para este ano, de US$ 39 bilhões para US$ 38,80 bilhões. Em compensação, aumentaram a projeção do saldo de conta corrente, que envolve todas as transações comerciais e financeiras com o exterior. A estimativa anterior, de US$ 6,20 bilhões, subiu para US$ 7 bilhões.