Lana Cristina
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Os vencimentos da dívida em títulos do governo federal,projetados para 2007, são da ordem de R$ 436,1 bilhões, sendo R$ 320,6 bilhõesem valor principal e R$ 115,5 bilhões em juros. Os números foram divulgadoshoje (17) pelo secretário do Tesouro Nacional, Tarcísio de Godoy, queapresentou o Plano Anual de Financiamento (PAF) com as projeções de como serãogeridas a Dívida Pública Mobiliária Federal Interna (DPMFi) e a Dívida PúblicaFederal Externa (DPFe) este ano. Em 2006, a estimativa de vencimentos da dívidapública era de R$ 481,5 bilhões. A necessidade líquida de financiamento do governo federalpara 2007 é de R$ 370,5 bilhões, considerando-se que aos vencimentos da DívidaPública Federal somam-se ainda os encargos dos títulos do Tesouro Nacional nacarteira do Banco Central. Esse valor está calculado em R$ 23,3 bilhões. Assim,os vencimentos totais chegam a R$ 459,4 bilhões. A disponibilidade de recursosorçamentários para a amortização da dívida é de R$ 88,9bilhões. Segundo Godoy, o objetivo, este ano, é diminuir os custos definanciamento em longo prazo, reduzir os riscos e trabalhar pelo bomfuncionamento do mercado de títulos públicos. O Tesouro vai aumentar o prazomédio dos títulos emitidos em oferta pública, reduzir o percentual da dívidaque vence em 12 meses, substituir os títulos remunerados pela taxa Selic e pelavariação cambial por títulos com rentabilidade pré-fixada ou vinculada aíndices de preços. Além disso, as ações vão no sentido de ampliar a base deinvestidores. “O principal instrumento do uso de referência do mercadofinanceiro para a administração da dívida federal reafirma o compromisso daredução dos custos, monitoramento dos riscos e com o planejamento estratégicoda dívida. Esse instrumento aumenta a confiança dos investimentos e acredibilidade do país. Por isso acreditamos que o PAF é um instrumento quemostra que estamos no caminho certo”, disse o secretário.Para traçar a estratégia de gestão da dívida para este ano,o Tesouro Nacional levou em conta cenários como a ausência de choqueseconômicos externos e domésticos, a manutenção das diretrizes da políticafiscal do governo, a expectativa de queda da inflação e da taxa de juros, alémda manutenção da trajetória favorável dos indicadores de solvência fiscal e externa.