Setor da construção espera mais crescimento com anúncio do PAC

17/01/2007 - 13h45

Priscilla Mazenotti
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que deve ser anunciado segunda-feira (22) pelo presidente Luiz Inádio Lula da Silva, é aguardado com expectativa pelo setor de construção e crédito imobiliário. O PAC deve trazer como prioridade medidas de incentivo à infra-estrutura.“Há uma expectativa positiva porque o governo vem sinalizando não só com medidas para a construção, para a infra-estrutura, que é o que o país precisa. Se isso for concretizado vamos ter, realmente, um processo de desenvolvimento com um pouco mais de velocidade, com mais consistência através da construção e da infra-estrutura, disse o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Paulo Safady Simão.Ele disse que o setor está preparado e consciente da importância dessas medidas e da parceria que pode ser feita com o governo.O diretor-geral da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (ABCIP), Osvaldo Fonseca, destacou que os recursos para infra-estrutura já superam as metas anteriores, que quase nunca eram atendidas. Para 2007, afirmou, habitação, saneamento e infra-estrutura passaram a ser o carro-chefe do governo. "Temos certeza de que poderemos, no fim do ano, ter uma surpresa de colocar mais recurso do que do que está sendo colocado agora”.A previsão inicial de investimento no setor de habitação para este ano é de R$ 12 bilhões. No ano passado, os recursos iniciais eram de cerca de R$ 10 bilhões, e o ano foi fechado com investimento de R$ 14,1 bilhões, um recorde histórico. “Os volumes que o governo está apresentando são praticamente de início de ano. Se houver demanda superior, todas as áreas envolvidas farão orçamento para aumentar”, disse Fonseca.A ABCIP atingiu, no ano passado, o índice de 115 mil unidades financiadas, o maior número desde 1990. “Foram R$ 9,5 bilhões de recursos”, ressaltou o diretor da instituição. “Para este ano, esperamos, além do retorno dos financiamentos concedidos, o crescimento da poupança e a expectativa para a continuidade do crescimento, tendo em vista que a renda da poupança passou a ter a mesma competitividade que outras aplicações”, comentou.