Preço de material escolar varia até 233% em uma mesma cidade, alerta Procon

17/01/2007 - 17h53

Manoela Alcântara
De A Voz do Brasil
Brasília - Início do ano, época de comprar material escolar.São cadernos, livros e uniformes. Gastos que pesam no orçamento de muitosbrasileiros. Segundo o Procon de São Paulo, a dica para não gastar muito épesquisar. Um levantamento realizado em cinco regiões da cidade constatou que adiferença nos preços de alguns produtos pode chegar a 233%.Uma caneta que emuma loja da zona oeste, por exemplo, custava R$ 5,50 em um outro estabelecimentoda zona norte custava R$ 1,65, uma diferença de R$ 3,85.

A diretora de estudos e pesquisas do Procon-SP, ValériaRodrigues, afirma que o consumidor deve pensar na economia, mas também deveobservar a qualidade dos produtos para que não precise comprar a mesma coisaduas vezes."Um dos pontos queachamos importante é evitar a compra desses materiais em vendedores ambulantes,camelôs, porque nem sempre você irá encontrar a qualidade do produto garantido", ressalta a diretora."Para quem vai comprar cadernos, por exemplo, é importante que se verifique otipo folha, a capa, para ter uma idéia se esse material vai durar para todo oano letivo.” 

De acordo com o presidente do Fundo Nacionalde Desenvolvimento da Educação (FNDE), Daniel Balabam, alunos do ensino fundamental recebem gratuitamente livros de português, matemática, ciências, história, geografia edicionário da língua portuguesa.

“Essas famílias não terão necessidade de colocar nenhumrecurso porque todos os livros serão entregues para os alunos, de formatotalmente gratuita. Eles terão a disposição todos esses materiais para quenenhuma criança sequer fique fora da escola”, disse Balabam. A empregada doméstica Marines Bispo dos Santos tem duasfilhas e afirma que a distribuição gratuita não chega para todos. Segundo ela, este ano, ela terá que deixar de pagar algumas contas para comprar o materialescolar das filhas.“Vou atrasar as contas de água e luz, não vou compraruniforme agora, vou deixar de pagar algumas coisas para poder comprar osmateriais deles”, contou Marines.O Procon alerta que, por lei,da lista fornecida pela escola, só pode constar material didático – livros,cadernos, papéis especiais, lápis e canetas. Produtos relativos àinfra-estrutura do estabelecimento, como papel higiênico, copos descartáveis eprodutos de limpeza, não podem ser exigidos pelas escolas.