Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Um dos principais desafios das nações que compõem o Mercosulé o de transformar o desenvolvimento de pequenas e micro empresas em assuntocentral dos debates. A avaliação é do secretário de Políticas Públicas deEmprego do Ministério do Trabalho e Emprego, Remígio Todeschini. Ele defendeque além dos acordos comerciais e econômicos, os países do Mercosul tambémprecisam ter como prioridade políticas de emprego.A preocupação com o emprego é compartilhada pelosrepresentantes dos cinco países que integram o bloco e que compõem o Grupo deAlto Nível da Estratégia do Mercosul para o Crescimento do Emprego (Ganemple).Eles participaram hoje (17), no Rio de Janeiro, de uma reunião para traçar asdiretrizes que vão nortear as políticas nacionais na área.“Essas estratégias devem fortalecer principalmente as microe pequenas empresas, porque nelas a possibilidade de geração de empregos émuito maior. Mas isso precisa acontecer de forma qualitativa, ou seja, épreciso promover uma maior integração entre elas”, afirmou Todeschini.Ele citou o caso brasileiro dos Arranjos Produtivos Locais(APL), programa do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exteriorpara incentivar projetos de geração e renda para as populações carentes, pormeio da capacitação e do incentivo ao associativismo entre as micro e pequenasempresas.De acordo com o secretário, iniciativas como a APL possibilitama geração de empregos de qualidade, o aumento da competitividade dos pequenosempreendimentos e o direcionamento de investimentos em tecnologia.Todeschini também defendeu outras diretrizes, como o aumentoda formalidade e o combate à exploração da mão de obra e a discriminação dotrabalhador por gênero, raça, idade ou qualquer outro motivo.As diretrizes serão encaminhadas para o Conselho do MercadoComum (CMC) antes de entrarem em vigor.Amanhã (18) e sexta-feira (19), o Rio de Janeiro vai sediara 32ª Reunião Ordinária do CMC e a Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul.