Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Dos R$ 12 bilhões previstos pela Caixa Econômica Federal(CEF) para habitação em todo o país, em 2007, o Rio de Janeiro deverá responderpor cerca de R$ 1 bilhão, mas pode alcançar R$ 1,5 bilhão com o anúncio doPrograma de Aceleração do Crescimento(PAC), previsto para segunda-feira. O superintendente regional da Caixa no Rio de Janeiro, JoséDomingos Vargas, prevê um crescimento maior nos financiamentos para habitaçãotambém com as parcerias que estão sendo desenvolvidas com o governoestadual e os municipais. “Já seria um ano bom com relação à parceria daCaixa com as prefeituras. Agora com a administração estadual seagregando de forma concreta a essas parcerias, eu vejo que nós estamoscom muita possibilidade de realizar esse orçamento”, disse. Em 2006, a Caixa começou com um orçamento de R$ 700 milhõespara o Rio de Janeiro, e chegou a cerca de R$ 1 bilhão. “Há um crescimentonatural no orçamento e as perspectivas para 2007 são muito positivas”,reafirmou.No ano passado, a Caixa financiou cerca de 31,7 mil moradiasno Rio de Janeiro. O desempenho foi atribuído pelo superintendente regional daCaixa à estabilidade econômica, ao aumento da renda do trabalhador e aossubsídios do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço(FGTS).“Esses foram os principais fatores externos”, disse Vargas,salientando também a questão da parceria com o setor da construção civil.Como fatores internos que favoreceram o desempenho positivo da Caixa, eleapontou o processo de concessão de crédito para imóveis novos e usados.Segundo Vargas, 75% dos financiamentos se destinaram àsfaixas de renda mais baixas, de até cinco salários mínimos. “É um esforçorealmente de se trabalhar o déficit habitacional, que no Rio de Janeiro atingecerca de 770 mil moradias”, disse Vargas. No Brasil, o déficit atinge 7,9milhões de unidades.