UNE propõe fiscalização na emissão de carteiras

09/01/2007 - 20h02

Grazielle Machado
Da Agência Brasil
Brasília - O direito à meia-entrada para estudantes, conquistado na década de 40 do século passado, voltou a ser tema de discussão. Em reunião hoje (9) com o ministro da Educação, Fernando Haddad, o presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Gustavo Petta, apresentou uma proposta de moralização do uso das carteiras estudantis.A UNE propõe que a emissão dessas carteiras seja fiscalizada por algum órgão público. E também quer assegurar aos estudantes o respeito à opção da meia-entrada pelos produtores de eventos. “O que acontece hoje é que o estudante acha que está pagando meia, mas na verdade o produtor cobra uma inteira de mentira e todo mundo fica se enganando”, afirmou Petta.O presidente da UNE explicou que, devido à falta de fiscalização, muitas pessoas conseguem uma carteira estudantil falsa. E como ocorre um excesso de meias-entradas nos eventos, os produtores acabam “encarecendo” o preço do ingresso. Em 2001, lembrou, foi aprovada a Medida Provisória nº 2.208, que autorizou qualquer “estabelecimento, associação ou agremiação estudantil” a emitir documentos de identificação que dão o direito à meia-entrada. Até então, apenas a UNE e a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) emitiam as carteiras. O ministro Fernando Haddad disse que vai analisar e aperfeiçoar as propostas da UNE. E argumentou que a regulamentação das identidades estudantis poderia inclusive diminuir o preço das entradas em eventos culturais.“Quando se tem a regularização desse direito, acaba-se por beneficiar aqueles que têm o direito. O que nós precisamos é encontrar um modo de fazer com que a juventude seja beneficiada. E que não haja abuso na emissão na carteira”, disse o ministro.Também participaram da reunião com o ministro representantes da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) e da Associação Nacional dos Pós-Graduados (ANPG).