Para governadores do Sudeste, é preciso mudar legislação penal

09/01/2007 - 20h47

Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - No primeiro encontro do Gabinete de Gestão Integrada de Segurança da Região Sudeste, realizado hoje (9), os governadores dos quatro estados defenderam mudanças na legislação penal, a fim de aumentar a repressão aos crimes. Segundo o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, mudanças nas leis são necessárias para que “o sentimento da impunidade não continue prevalecendo no país”. O governador de São Paulo, José Serra, propôs a transformação em crime do uso de telefone  celular em presídios, pelos detentos, e a criação de penas específicas para o crime organizado, entre outras mudanças. “No começo de fevereiro, nós vamos apresentar às novas Mesas da Câmara e do Senado, e ao presidente da República, as nossas demandas nessa matéria e as nossas sugestões para o Brasil”, disse. Serra também ressaltou a necessidade de aumentar o orçamento deste ano para os fundos nacionais Penitenciário e de Segurança Pública. “Queremos que haja suplementação para equipará-los aos montantes de 2006 e que não sejam contingenciados, assim como as despesas para educação e para saúde”, afirmou. Já o governador do Rio de Janeiro, Sergio Cabral, destacou a importância de os quatro estados se unirem para discutir a questão da segurança pública. “Com muita satisfação, o Rio sedia esse encontro histórico e que dará, certamente, grandes resultados à segurança pública nos nossos estados. E como conseqüência, creio, será um grande exemplo para as demais regiões do Brasil”, destacou. E o governador do Espírito Santo, Paulo Hartung, além de ressaltar a importância da integração entre estados e diferentes entes federativos, disse que a ajuda federal ao estado do Rio de Janeiro, anunciada na semana passada, é um exemplo a ser seguido. “É disso que estamos precisando no país: abolir o chamado jogo de empurra e a omissão, e cada um dar sua contribuição. Os governadores têm que fazer, os prefeitos das grandes cidades têm que fazer. O governo federal, o Poder Judiciário e o Congresso Nacional têm que fazer muito”, completou.