Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Com capacidade de produção de até 100 mil barris de petróleo por dia, entrou em operação hoje (9) a plataforma FPSO Cidade do Rio de Janeiro, instalada no campo de Espadarte, na Bacia de Campos. A nova plataforma da Petrobras, que vai produzir 2,5 milhões de metros cúbicos de gás por dia, deverá pagar, ao longo de sua vida útil, cerca de US$ 670 milhões de royalties ao governo fluminense. A solenidade de inauguração do navio-plataforma Cidade do Rio de Janeiro, também designada “primeiro óleo”, contou com a presença do governador do estado, Sérgio Cabral, e do presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli.A FPSO é uma unidade flutuante de produção, armazenamento e transferência de petróleo, construída a partir de um navio. José Sérgio Gabrielli destacou que a nova plataforma pode recuperar e revitalizar o campo de Espadarte. “Aumenta a produção e o tempo de vida de Espadarte e faz parte da nossa estratégia de sustentação de longo prazo da produção de petróleo”, afirmou. O equipamento, construído em dois anos em Singapura, apresenta várias inovações tecnológicas, como um sistema inédito de bombeamento de óleo, desenvolvido pelo Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes).Para 2007, Gabrielli anunciou a entrada em funcionamento das plataformas P-52 e P-54, que representarão, segundo ele, “um acréscimo, este ano, de alguma coisa como 460 mil barris/dia de capacidade de produção no Brasil”.A plataforma Cidade do Rio de Janeiro tem oito anos de afretamento. Gabrielli descartou a possibilidade de antecipação de pagamento de royalties para geração de caixa para o governoestadual, afirmando que o assunto não foi tratado durante o encontro com o governador Sérgio Cabral. “Não podemos antecipar pagamento de royalties. A lei não permite”. A produção média hoje de petróleo da Petrobras é de cerca de 1,9 milhão de barris/dia. De acordo com Gabrielli, a meta para este ano prevê um acréscimo de 5,3% sobre a produção atual.Ele destacou que os investimentos da Petrobras são muito grandes no Rio - 42% do total no país. “É um investimento gigantesco. Nosso total de investimentos é de US$ 87 bilhões. Você coloca 85% no Brasil, 42% no Rio de Janeiro. É um número gigantesco”, afirmou. O maior projeto individual da empresa, que é o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro, fica no Estado e está avaliado em US$ 8,4 bilhões, concluiu Gabrielli.