Ministério Público paulista estuda medidas contra fundadores de igreja evangélica presos nos EUA

09/01/2007 - 18h42

Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O promotor José Reinaldo Guimarães Carneiro, do Grupo de Atuação de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), informou por meio de sua assessoria que o Ministério Público do Estado de São Paulo estuda as medidas cabíveis contra os fundadores da igreja evangélica Apostólica Renascer em Cristo, Estevam Hernandes Filho e Sônia Haddad Moraes Hernandes, presos hoje (9) nos Estados Unidos. Carneiro confirmou a prisão pela polícia federal norte-americana (FBI), em Miami, no momento em que o casal tentava desembarcar com US$ 56 mil em espécie, quantia bem superior aos US$ 10 mil declarados – o máximo permitido pela legislação dos Estados Unidos. Ainda de acordo com as informações repassadas pelo promotor, o Ministério Público está monitorando o caso, já que o casal é investigado em processo que corre sob sigilo da Justiça, pela prática de crimes de lavagem de dinheiro, estelionato e evasão de divisas. No final do ano passado, o advogado do casal, Luiz Flávio Borges D’Urso, presidente da representação paulista da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), conseguiu derrubar pedido de prisão preventiva contra seus clientes, ao obter uma liminar que permitiu a viagem deles. Procurado pela Agência Brasil, D’Urso não retornou ao pedido para esclarecimentos sobre eventuais medidas em relação ao caso.A permanência dos evangélicos em Miami deve durar pelo menos 15 dias, período em que vão responder a processo por terem mentido às autoridades alfandegárias locais. Mas isso não significa que ficarão detidos, já que esse crime é afiançável.