Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A Polícia Federal informou hoje (20) que foi decretado sigilo nas investigações sobre as operações Tingüí, Gladiador e Ouro de Tolo, desencadeadas entre os dias 14 e 16 deste mês. Uma entrevista coletiva que estava marcada para 17h15, com o superintendente regional da PF no Rio de Janeiro, Delci Teixeira, foi cancelada em cima da hora.A coletiva serviria para divulgar o balanço das três operações, que têm o objetivo de combater os caça-níqueis e o envolvimento de policiais com esta ilegalidade e com o tráfico de drogas. Foi divulgada apenas uma nota oficial, explicando como as ações foram realizadas.A Operação Ouro de Tolo, de repressão aos caça-níqueis, foi iniciada no dia 16 de novembro, com a expedição de mandados de busca e apreensão de máquinas pela Justiça Federal. Em 8 de dezembro, representantes do Ministério Público, da Receita e da Polícia Federal se reuniram para definir os detalhes da operação.Mais de 90 caminhões e 280 homens foram utilizados para carregar os equipamentos apreendidos. No dia da operação (16 de dezembro), 1.200 máquinas foram apreendidas e levadas para um depósito da Marinha.Como um grande contingente de policiais federais de outros sete estados estava no Rio para a Ouro de Tolo, a PF resolveu executar outras duas operações entre os dias 14 e 16: uma chamada Gladiador, para prender 19 policiais e outras pessoas ligadas aos caça-níqueis, e outra chamada Tingüí, para deter PMs envolvidos com o tráfico de drogas. Cerca de 480 agentes federais participaram dos trabalhos.