Ministro defende proibição de contingenciamento de recursos para defesa sanitária

20/12/2006 - 18h09

Wellton Máximo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro da Agricultura, Luís Carlos Guedes Pinto, defendeu hoje (20) a aprovação da emenda à proposta do Orçamento Geral da União de 2007 que proíbe o contingenciamento de verbas para a defesa sanitária. Esses recursos, argumentou, são essenciais para impedir o surgimento de focos de doenças que resultem em embargos à carne brasileira, como a febre aftosa, e o mal de Newcastle, que afeta aves.De autoria do senador Jonas Pinheiro (PFL–MT), a emenda fornecerá segurança para que o Ministério da Agricultura siga com os programas previstos para o próximo ano, segundo o ministro. “Somente se o governo liberar as verbas poderemos desenvolver todas as ações previstas para a área”, acrescentou.Os recursos para a defesa sanitária aumentarão de R$ 122 milhões neste ano para R$ 195 milhões em 2007 e o ministro disse esperar a liberação integral desse montante: “O controle da qualidade dos alimentos é importante não só para exportar a novos mercados, mas para o próprio brasileiro ter segurança em relação ao que consome”.De acordo com o ministro, o orçamento para as ações da pasta em 2007, que excluem os gastos com a folha de pagamento, terá aumento de R$ 155 milhões em relação ao deste ano e chegará a R$ 949 milhões. Outra área considerada estratégica pelo ministro é o investimento em pesquisas: as verbas para a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) subirão de R$ 234 milhões, neste ano, para R$ 252 milhões em 2007.Guedes Pinto informou ainda que o ministério encerrará o ano com praticamente todos os recursos do orçamento executados: até ontem (19), explicou, 97,69% já tinham sido gastos ou empenhados (liberados).