Medidas serão para racionalizar gastos, mas preservarão políticas sociais, diz Mantega

20/12/2006 - 18h22

Lana Cristina
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Sem querer adiantar o conjunto de medidas que serão anunciadas pelo governo no início do próximo ano, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, apresentou hoje (20), em audiência pública no Senado Federal, a linha a ser adotada para alcançar a meta de crescimento de 5% em 2007. As medidas, que segundo enfatizou o ministro não se tratam de “arrocho fiscal, nem redução de salário, são muito mais modestas que um plano econômico, e muito menos se tratam de um pacote”, palavra o próprio Mantega confessou evitar nos últimos dias. “As medidas vão no sentido de racionalizar os gastos públicos, mas preservando algo como as políticas sociais que asseguram a melhoria das condições de vida da população mais pobre”, afirmou. O ministro acrescentou que os desafios do governo para os próximos quatro anos são expandir ainda mais o crédito, incentivar o investimento privado, aumentar o investimento público em infra-estrutura – construção e ampliação de estradas, novas pontes, melhoria de portos e aeroportos –, desoneração de impostos que incidem sobre o setor produtivo e redução do crescimento do gasto público do governo. Mantega apresentou aos senadores uma planilha com os principais pontos da política econômica, onde estão definidas como parte de um programa fiscal de longo prazo medidas que incluem contenção do crescimento do gasto corrente, aperfeiçoamento da gestão da máquina pública, redução da carga tributária (hoje em quase 38% do Produto Interno Bruto, que é a soma das riquezas produzidas no país), aumento do investimento público e manutenção das políticas sociais. “Esses são os instrumentos com que o governo conta para acelerar o crescimento da economia brasileira”, concluiu.