Luz para Todos beneficiou em três anos mais de 1 milhão de famílias, diz coordenador

20/12/2006 - 10h25

Carolina Gonçalves
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Em três anos, mais de um milhão de famílias brasileiras que não tinham energia elétrica em casa, passaram a contar com este serviço. O número de beneficiados pelo programa Luz para Todos, lançado em 2003, equivale à metade da população da zona rural e de locais de difícil acesso que não tinham luz em casa, segundo levantamento feito pelo governo federal em 2003.O balanço foi apresentado pelo coordenador adjunto do Luz para Todos na região Sudeste e no estado de Goiás, Paulo Tadeu D´Acárdia, em entrevista ao programa Notícias da Manhã da Rádio Nacional. D´Acárdia destacou que o programa do governo tem como meta atender 2 milhões de famílias até 2008, o equivalente a 10 milhões de brasileiros, e alertou que para o Luz para Todos continuar dentro do prazo previsto é preciso haver envolvimento das empresas que prestam o serviço nos governos locais. “Havia no marco regulatório anterior (que foi marca da privatização do setor elétrico) uma obrigação para que todas as distribuidoras e companhias de energia elétrica atendessem a totalidade dos brasileiros até 2015. Havia, inclusive, um movimento para estender esse prazo para 2025. O governo federal disponibilizou recursos de fundos administrados pela Eletrobrás para antecipar metas. O quer era uma obrigação de atendimento até 2015 foi antecipada para 2008”, afirmou.Paulo Tadeu D´Acárdia lembrou que desigualdades do crescimento econômico e social que marcaram a história do país resultaram em uma situação de distribuição de energia elétrica extremamente desigual, que afeta também localidades de regiões mais desenvolvidas como a Sudeste, onde mais de 250 mil famílias já foram beneficiadas. O coordenador adjunto da região reafirmou, porém, que a prioridade do programa continua sendo o Norte e Nordeste do país. Segundo ele, o Luz para Todos “é o maior esforço de eletrificação rural visto na história da humanidade”, podendo ser comparado apenas com o projeto desenvolvido na então União Soviética, durante os anos 30, que levou energia para 900 mil família em 10 anos.