Manoela Alcântara
De A Voz do Brasil
Brasília - Pescadores de todo o país que concluíram o ensino fundamental poderão ampliar a escolaridade e desenvolver técnicas de pesca marítima e em cativeiro. A partir de 2007, terão oportunidade de concluir o ensino médio e ingressar no superior nos centros federais de educação tecnológica (Cefets) e nas escolas que fazem parte do Programa de Integração da Educação Profissional ao Ensino Médio na modalidade de Jovens e Adultos (Proeja).A iniciativa faz parte de um acordo de cooperação técnica entre o Ministério da Educação (MEC) e a Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca (Seap), que cria uma política nacional para melhorar a mão-de-obra do setor pesqueiro brasileiro.De acordo com o secretário de Educação Profissional e Tecnológica, Eliezer Pacheco, existem cursos para a piscicultura no Brasil, mas falta especialização para pesca oceânica – atividade que, segundo ele, poderia trazer benefícios para os brasileiros. “O mar brasileiro tem um potencial enorme, com alimento fácil e barato para a população”.Além do treinamento, Pacheco lembra que é importante melhorar a escolaridade desta população. “A nossa preocupação não é só com a formação profissional inicial dos trabalhadores, mas com a ampliação da escolaridade dos pescadores e de todos aqueles que recorrerem aos nossos Cefets”.As atividades de formação de ensino superior para pescadores já começaram em Cabedelo (PB) e servirão de exemplo para outras localidades.O acordo entre MEC e Seap foi assinado na última segunda-feira (18).