Rosângela Ramos
Da Rádio Nacional da Amazônia
Brasília - A Polícia Ambiental do Mato Grosso do Sul já aprendeu nas estradas estaduais quase 400 aves que foram retiradas da natureza e seriam vendidas ilegalmente. O tráfico de animais movimenta no mundo mais de US$ 10 bilhões, segundo informações da Polícia Federal. Quanto mais ameaçada de extinção está a espécie, maior é o valor no mercado ilegal.De acordo o capitão Edmilson Paulino Queiroz, da Polícia Ambiental do Mato Grosso do Sul, os animais e aves capturados na Amazônia peruana entram no Brasil pelo Estado e de lá são levados para a região Sudeste. As condições de transporte são preocupantes. Segundo o capitão, os animais ficam em sacolas, caixas, gaiolas apertadas, e muitos acabam morrendo. De cada dez animais capturados, apenas um chega vivo ao destino.Algumas espécies capturadas no Amazonas também são levadas para o Centro-Oeste e, depois, seguem pela Bolívia para os países europeus. Há ainda outra rota: os pássaros do cerrado e do Pantanal são levados para o Nordeste e, mais tarde, exportados. Edmilson relata que já foram apreendidas araras azuis que saíram da parte amazônica do maranhão e vieram até Mato grosso do Sul, por onde saem por Corumbá para a Bolívia.As penas para este tipo de crime são aplicadas para quem faz, vende e quem compra animais contrabandeados. O capitão Edmilson explica que, para o caso de tráfico de animais silvestres, a pena é de seis meses a um ano de detenção. Se o animal estiver na lista de espécie em extinção, a pena administrativa pode chegar a R$ 5 mil por animal. Para denúncias e outras informações, é possível entrar em contato com a linha verde do Ibama pelo telefone 0800-61-8080.