Formação profissional é o principal foco das organizações de economia solidária do país

08/12/2006 - 10h51

José Carlos Mattedi*
Enviado especial
Salvador - A formação de pessoal é o principal foco das organizações voltadas para a economia solidária no país. Segundo levantamento preliminar do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), 40% das atividades desses grupos estão voltadas para a capacitação profissional de seus integrantes. Em seguida, com 34% das respostas, aparece o trabalho de articulação e mobilização em defesa dos interesses das comunidades.A pesquisa do MTE, que deve estar concluída nos próximos meses (uma nova ida a campo está prevista para a complementação de dados), foi apresentada hoje (8) na 5ª Expo Brasil Desenvolvimento Local, em Salvador (BA). O objetivo do estudo é construir uma base nacional de informações sobre economia solidária. “O levantamento vai servir também para fortalecer e integrar  redes e subsidiar políticas públicas, além de ajudar a elaborar um marco jurídico para o setor”, afirma a coordenadora da pesquisa, Débora Rodrigues.Em 2004, o Brasil tinha 14.954 organizações de economia solidária espalhadas por 2.274 cidades - 41% dos 5.561 municípios. As regiões Norte e Nordeste concentram a maior parte dessas entidades. No norte, 56% das cidades apresentam algum grupo de economia solidária. Os dados são do Sistema Nacional de Informações de Economia Solidária (Sies), do MTE.De acordo com o Sies, os empreendimentos de colaboração solidária têm características como o trabalho coletivo, autogestão, justiça social, cuidado com o meio ambiente e responsabilidade com as gerações futuras.A V Expo Brasil, que termina hoje, apresenta, desde quarta-feira (6), experiências de sucesso desenvolvidas pelas comunidades brasileiras e de países de língua portuguesa. A idéia do encontro é a troca de experiências e o debate sobre o futuro do setor.*A equipe da Radiobrás viajou a convite da Rede de Informações para o Terceiro Setor (Rits).