Previdência reduziu filas e recadastrou mais de 80% dos beneficiários, diz ministro

06/12/2006 - 21h17

Lana Cristina
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Filas menores e recadastramento de mais de 80% dos beneficiários da Previdência Social. Esses foram os principais pontos do balanço da gestão da Previdência em 2006, feito hoje (6) pelo ministro Nelson Machado. De acordo com ele, a média de pessoas na fila de cada agência caiu de 80 por mês, em 2005, para 20, em novembro passado. “Isso significa que a grande maioria das agências não tem fila. Algumas, obviamente, ainda têm. E agora estamos fazendo uma avaliação e uma análise pontual para verificar quais são as questões objetivas dessas agências em que ainda permanecem as filas”, observou.Além da melhoria na gestão do atendimento, Machado disse que a redução nas filas também se deveu ao atendimento eletrônico. Hoje, um beneficiário pode requerer o auxílio-doença, por exemplo, pela internet ou pelo telefone 135, cuja ligação é gratuita.O ministro informou que, dos 17 milhões de beneficiários da Previdência, 14 milhões foram recenseados. Para ele, o impacto do recadastramento na redução dos benefícios pagos terá efeito só em setembro de 2007, quando se espera estar concluído o censo. O trabalho começou em outubro do ano passado.Machado disse, ainda, que houve uma redução no crescimento de benefícios de auxílio-doença, que chegou a atingir 1,660 milhão em outubro de 2005. Até 2001, a Previdência pagava uma média de 600 mil auxílios-doença todo mês, número que passou a crescer mês a mês até 2005. "De lá pra cá, conseguimos interromper a taxa de crescimento e ainda reduzir. Hoje pagamos uma média de 1,5 milhão de benefícios do auxílio-doença por mês”. Segundo o ministro, a substituição dos médicos terceirizados por médicos concursados nas perícias do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) contribuiu para essa redução.Por fim, Machado comemorou a aprovação hoje (6) no Senado, do projeto de lei 261, que estabelece um teto para o valor do auxílio-doença. Agora, ele será calculado com base na média salarial dos 12 meses anteriores ao gozo do benefício. A Previdência paga, hoje, valores de auxílio-doença superiores ao último salário do beneficiário."Em alguns anos, mais de 50% desses benefícios foram em valor superior ao último salário dos beneficiários. Isso induz a uma tendência de permanecer em auxílio-doença".