Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Brasília - As mulheres brasileiras têm tido mais acesso ao pré-natal,mas ainda faltam melhorar os serviços de atendimento com capacitação deprofissionais e recursos técnicos. A avaliação é da coordenadora da ÁreaTécnica de Saúde do Ministério da Saúde, Maria José de Oliveira Araújo, queparticipou hoje (7) do seminário Panorama Atual das Ações de Saúde da Mulher:Avanços e Perspectivas.Ela apresentou um relatório preliminar de gestão da ÁreaTécnica da Saúde da Mulher, referente ao período de 2003 e 2006. Segundo orelatório, das mais de 777 mil mulheres que realizaram em 2005 a primeira consulta de pré-natal nos municípios queaderiram ao Programa de Humanização no Pré-Natal e Nascimento (PHPN) doMinistério da Saúde, 17,21% concluíram a assistência (seis consultas mais exames). Até julho desteano, das mais de 407 mil que fizeram a primeira consulta, 22,79% concluíram aassistência pré-natal.Até julho de 2006, também já foi registrado aumento dosmunicípios que aderiram ao PHPN, que passou de 45% em 2002 para 92% do total demunicípios brasileiros.Entretanto, segundo Maria José, a hipertensão arterial ainda é a causa mais freqüente de mortematerna no Brasil. Além disso, há incidência de sífilis congênita e nem todasas gestantes inscritas no PHPN realizam os procedimentos recomendados. “Oproblema é a qualidade do serviço. Ainda temos deficiência. Falta qualificaçãoe melhora nos recursos técnicos”, disse Maria José.Durante a abertura do seminário também houve a entrega do Prêmio Professor Galba de Araújo, destinado a maternidades brasileiras que sedestacaram na humanização da assistência obstétrica e neonatal, o estímulo aoparto normal e ao aleitamento materno. A maternidade do Hospital Regional Dom Moura (PE), o Hospital Santa Marcelina(SP), a maternidade Maria Barbosa do Hospital Universitário Clemente de Faria(MG) e a maternidade municipal Lucilla Ballalai (PR) foram as vencedoras doprêmio. As maternidades de Pernambuco e Paraná vão receber R$ 50 mil, cada uma,e as instituições de São Paulo e de Minas Gerais vão dividir o mesmo valor,porque obtiveram a mesma pontuação.