Novo contrato com Bolívia é "equilibrado e rentável", diz presidente da Petrobras

06/12/2006 - 13h11

Ivan Richard
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, considera onovo contrato com a Bolívia “equilibrado e rentável”, e permite que a empresaconsidere novos investimentos naquele país.“Talvez vamos ganhar um pouco menos do que antes, porque aBolívia vai receber um pouco mais. Mas ainda é um contrato lucrativo, comretorno acima de 15%”, disse em audiência pública conjunta das comissões deDesenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio; Relações Exteriores e de Minase Energia da Câmara.Além dos roayalties pagos ao governo boliviano, a Petrobras também precisa repassar uma porcentagem dos lucros que ganha com a exploração. Gabrielli informou que a Petrobras, inicialmente, repassava 60% de seus lucros. Com a nova lei de hidrocarbonetos, de maio de 2005, chegou a repassar 76%. Com odecreto do presidente Evo Morales que nacionalizou as reservas de gás, de maio deste ano, atingiu a 95%. “E agora,com o novo contrato, deve ficar em torno de 80% até 2019”, disse. Ou seja, a Petrobras fica com 20% dos lucros.Também participam da audiência pública o ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau. Ele considerou que “é bom para o Brasil” o contrato firmado com a Bolívia. Segundo ele, o novo contrato “traz consigoprofunda segurança jurídica, regulatória e menor risco para o país”.A Petrobras assinou um acordo para produção e exploração de gás nos campos de San Alberto e SanAntonio, os principais fornecedores do gás que a Petrobras importa da Bolivia eresponsáveis por mais de 50% do abastecimento nacional do produto. A Bolívia nacionalizou as reservas de gás em 2006.À tarde o Silas Rondeau e Sérgio Gabrielli falam sobre omesmo assunto na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado.