MEC pretende destinar R$ 15,8 milhões para prevenir aids e gravidez na adolescência

02/12/2006 - 10h22

Tania Paula Pereira
De A Voz do Brasil
Brasília - O Ministério da Educação (MEC) pretende destinarR$ 15,8 milhões no próximo ano para implementar ações de prevenção e combate à aids, a outras doençassexualmente transmissíveis (DSTs) e à gravidez na adolescência. Também estão previstas ações para estimular o respeito aos gêneros nas escolas públicas de educação básica detodo o país. Os recursos serão destinados aoPrograma Saúde e Prevenção nas Escolas, criado em 2005  pelo MEC, em parceriado Ministério da Saúde, a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciênciae a Cultura (Unesco) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), alémde universidades e organizações não-governamentais (ONGs).As ações incluem a realização deoficinas de formação com gestores de ensino, profissionais da saúde erepresentantes das comunidades, com o objetivo de capacitar os profissionaispara atuarem na prevenção das doenças nas escolas. “Todos os atores daescola estão tendo acesso à informações adequadas e participando de todo o processode combate às DSTs, à aids e à gravidez não planejada, inclusivepromovendo uma reflexão sobre esses assuntos”, afirmou Fátima Malheiros,técnica do Departamento de Políticas da Educação Infantil e Fundamentaldo MEC, em entrevista ao programa A Voz do Brasil.Malheiros também explicou que a comunidade,as escolas e profissionais da saúde fazem juntos um levantamento dos principaisproblemas enfrentados e decidem quais serão as ações e como implementá-las: “A  própria comunidade decide se serão feitas palestrasou se vão produzir material informativo, por exemplo. O importante édisponibilizar a informação e criar uma cultura de prevenção dentrodas próprias escolas e nas comunidades”. O MEC participa do GrupoTemático Ampliado das Nações Unidas contra o HIV/Aids (Unaids) junto com osministérios da Justiça, da Saúde e das Relações Exteriores. O grupo também tem representantes da sociedade civil, do Unicef e da Unesco.Segundo dados do Ministério da Saúde, existem cerca de 600 milpessoas infectados com o vírus no país.