Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Ao lançar oficialmente o 1º Fórum Nacional de TVs Públicas, no Rio de Janeiro, o ministro da Cultura, Gilberto Gil, afirmou que o governo considera "urgente" a reflexão das TVs públicas baseadas nas perspectivas culturais e do desenvolvimento do país. “O governo brasileiro considera urgente a estratégia da tomada de posição reflexiva para o melhor enfrentamento das questões (ligadas à televisão pública), com base em uma perspectiva cultural e de desenvolvimento”, afirmou.A construção dessa agenda, segundo ele, contribuirá para a realização de todo o potencial das tvs públicas, além de aprofundar a democracia no Brasil, garantir direitos culturais a todos os brasileiros e ampliar a geração de emprego e renda com base na diversidade cultural do país. “O pressuposto desse primeiro fórum é a percepção cada dia mais consensual de que a realização plena e qualificada da televisão pública brasileira é uma das agendas estratégicas para o desenvolvimento cultural do Brasil e a consolidação de um país socialmente justo, antenado nas forças criativas do povo brasileiro”, informou.O ministro avalia que as discussões preparatórias do encontro revelam que o governo e os gestores de televisão estão em convergência com as mudanças em curso na economia da televisão e na economia da cultura, com a digitalização das câmeras e equipamentos, entre outras possibilidades de transmissão e de interatividade. É preciso, porém, conforme destacou o ministro, responder indagações como suas mudanças estratégias e seus conteúdos. "Uma delas se refere a como esse novo contexto solicita a inteligência e a reorganização do Estado na formulação de estratégias novas, amplas e consistentes em diálogo com esse setor. É necessário também responder como essas mudanças demandam a diversificação das formas de conteúdo e como fortalecer as TVs públicas, dotando seus modelos de gestão de maior autonomia e capacidade de gerar conteúdos de mais qualidade", indicou. Gil levantou a pergunta sobre qual deve ser o papel do Estado no apoio à realização dessa "reorganização comum" que ultrapassa a esfera estatal e privada para projetar o Brasil na direção do "espaço público" da comunicação. Ele lembrou que desde o início da gestão do presidente Lula, o ministério vem propondo um novo modelo de produção cultural para a televisão pública, uma gestão interessada em fortalecer a acessibilidade dos brasileiros aos bens culturais produzidos com recursos públicos, de modo a beneficiar as várias regiões do país.