Índios brasileiros e museus de nove países discutem preservação da memória

27/11/2006 - 19h30

Raquel Mariano
Da Agência Brasil
Brasília - Lideranças e organizações indígenas estão discutindo com representantes de museus de diversos países formas de conservação do patrimônio indígena. De hoje (27) até quarta-feira (29), eles vão trocar experiências de preservação da cultura indígena durante o 1º Seminário Internacional sobre Patrimônios e Museus Indígenas, em Brasília. O seminário trouxe representantes da Alemanha, México, Canadá, Peru, Colômbia, França, Nova Zelândia, além dos representantes de diversas regiões do Brasil.A diretora do Memorial dos Povos Indígenas, sede do evento, Sandra Welington, lembra que a herança deixada pelos índios não se resume às peças feitas por artistas nativos que estão em museus e destaca a sua importância. "Muita gente ainda acha que a cultura indígena acabou, que só está preservada em museus. Mas para que isso não seja verdade, o museu tem que ser vivo, tem que envolver os índios", afirma.O evento também é organizado pelo Museu Nacional do Indígena Americano (NMAI), que estuda a cultura, religião, história, literatura e arte dos índios na América do Norte e Central. Um dos representantes do NMAI que estão participando do encontro, o administrador do departamento cultural de pesquisas, Ramiro Matos, salientou a importância do encontro.  “Em tempos modernos os indígenas estão desaparecendo e o nosso propósito com este simpósio é resgatar o pouco que sobra dos povos indígenas e reconhecê-los como sujeitos pensantes”, disse.