Fórum é lançado oficialmente no Rio para discutir novo modelo para TVs públicas

27/11/2006 - 18h56

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O ministro da Cultura, Gilberto Gil, presidiu a cerimônia do lançamento oficial do Fórum Nacional de TVs Públicas, coordenado em conjunto com a Radiobrás e a TVE. O grupo inicia o debate sobre o futuro dos canais públicos de televisão e envolve associações do setor, como as das TVs legislativas, universitárias, comunitárias e educativas. O lançamento foi feito no Espaço Cultural Oi Futuro, no Rio, durante o Fórum Cultural Mundial.Após o anúncio do fórum, em setembro, os organizadores tiveram uma fase preparatória, quando foram elaborados diagnósticos dos diversos segmentos ligados à televisão pública no país. Esses relatórios foram reunidos no Caderno de Debates, divulgado durante a cerimônia de lançamento do fórum (clique ao lado para ver a íntegra dos textos). Agora, na segunda fase, grupos temáticos vão sistematizar as discussões e reunir propostas como as de financiamento, marco regulatório, migração digital e infra-estrutura. O secretário do Audiovisual do Ministério da Cultura, Orlando Senna, disse que nos próximos quatro anos governo e televisões vão trabalhar juntos na complementação das mudanças da TV Pública brasileira. Ele admitiu, contudo, que o ministério já está considerando que esse tempo poderá ser somente uma primeira etapa do grande redimensionamento da TV Pública. “Mais um período de quatro anos além desse período que estamos começando agora no governo Lula creio que será necessário para a consolidação de uma televisão pública como nós todos desejamos”, reconheceu Senna.Segundo ele, o modelo ideal seria “uma TV pública que possa ser um espaço privilegiado e referencial da opinião pública". "Ou seja, um espaço de informação, de exposição da população, da sociedade brasileira”, define. Senna informou que a preparação para o Fórum Nacional de TVs Públicas começou há três meses, encerrando-se agora com a divulgação dos relatórios.Os debates da segunda etapa incluem a reorganização das redes de televisão, de uma produção de conteúdos brasileiros de alta qualidade, e a ampliação da quantidade dessa produção. “Isso tudo dentro da necessidade que existe hoje de se desenhar e se atuar em novos modelos negociais, principalmente porque vamos trabalhar, nesses próximos quatro anos, no redimensionamento da televisão pública brasileira”, afirmou.