Especialistas confiam em nova redução da taxa de juros

27/11/2006 - 9h43

Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Os analistas de mercado ouvidos peloBanco Central na última sexta-feira (24) acreditam que o Comitê dePolítica Monetária (Copom) vai repetir, na próxima quarta-feira (29), amesma dose de meio ponto percentual na redução da taxa básica de juros(Selic) praticada nas duas últimas reuniões do colegiado de diretoresdo BC.Os economistas do setor privado confiam que a taxa atual, de 13,75% aoano, cairá para 13,25%, na última reunião do Copom neste ano, amanhã edepois, de modo a manterem a projeção de reduções gradativas até chegaraos 12% no final do ano que vem.Mas, se o mercado está otimista quanto à continuidade do abrandamentoda política monetária, o mesmo não se pode dizer quanto às previsões derecuperação da economia como um todo. De acordo com o boletim Focus, que publica o resultado da pesquisa, aprojeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) - soma dasriquezas produzidas no país - cai mais um pouco: de 2,95%, na pesquisaanterior, para 2,94%.Isso, apesar da ligeira recuperação, de 3,16% para 3,19%, na projeçãode crescimento da produção industrial no ano, e da redução na previsãode equivalência da dívida líquida do setor público em relação ao PIB.De acordo com a simulação da pesquisa anterior, a relação dívida/PIB noencerramento deste ano seria de 50,35%. Projeção que melhorou agorapara 50,30%, e deve cair para 49,10% no final de 2007.A pesquisa manteve a projeção de US$ 45 bilhões para o saldo dabalança comercial neste ano, e elevou para US$ 38 bilhões a previsão desaldo comercial (exportações menos importações) no ano que vem. Essefluxo de comércio garante US$ 12 bilhões de superávit (saldo positivo)em conta corrente, que envolve todas as transações comerciais efinanceiras com o exterior; e permite antever saldo em torno de US$ 5,5bilhões em 2007.São projeções de um cenário de mercado no qual a cotação do dólarnorte-americano não ultrapasse R$ 2,16 no fechamento deste ano, comevolução até R$ 2,25 no final de 2007. Considera, também, que a entradade investimento estrangeiro direto no setor produtivo chegue a US$15,86 bilhões neste ano, e aumente para US$ 16 bilhões no ano que vem.