Luciana Vasconcelos
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O plenário da Câmara dos Deputados poderá votar no dia 6 de dezembroparecer do Conselho de Ética que recomenda a cassação do deputado JoséJanene (PP-PR). Ele é o último parlamentar acusado de envolvimento nochamado "valerioduto" a ser julgado. Janene é acusado de ter recebidomais de R$ 4,1 milhões de Marcos Valério, que seriam repassados a parlamentares em troca de apoio ao governo.Em 2005, as comissões parlamentares mistas de inquérito (CPMIs) dosCorreios e da Compra de Votos citaram 19 deputados como beneficiáriosde recursos do empresário Marcos Valério de Souza. Dentre os citados,quatro renunciaram ao mandato para fugir do processo de cassação:Carlos Rodrigues (PL-RJ), José Borba (PMDB-PR), Paulo Rocha (PT-PA) eWaldemar Costa Neto (PL-SP). Três foram cassados: Roberto Jefferson(PTB-RJ), José Dirceu (PT-SP) e Pedro Corrêa (PP-PE).Os outros 11 foram absolvidos no plenário da Câmara: Vadão Gomes(PP-SP), João Paulo Cunha (PT-SP), João Magno (PT-MG), José Mentor(PT-SP), Josias Gomes (PT-BA), Pedro Henry (PP-MT), Professor Luizinho(PT-SP), Wanderval Santos (PL-SP), Roberto Brant (PFL-MG), RomeuQueiroz (PTB-MG) e Sandro Mabel (PL-GO).Após as investigações de envolvimento de parlamentares no“valerioduto”, os conselheiros estão debruçados sob processos contradeputados acusados de participar do esquema de compra superfaturada deambulâncias com recursos do Orçamento. Esta semana serão ouvidos: naterça-feira o deputado Cabo Júlio (PMDB-MG), na quarta-feira, odeputado Érico Ribeiro (PP-RS) e na quinta-feira, os deputados MaurícioRabelo (PL-TO) Pedro Henry (PP-MT).O Conselho de Ética analisa processos contra 67 deputado. Os nomesforam enviados pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dosSanguessugas. Destes, cinco se reelegeram e poderão ter o processolevado para próxima legislatura, que são João Magalhães (PMDB-MG),Marcondes Gadelha (PSB-PB), Pedro Henry (PP-MT), Wellington Fagundes(PL-MT) e Wellington Roberto (PL-PB). Os outros que não forem julgadosterão os processos arquivados e não correrão o risco de perder omandato e direitos políticos. Nem todos os suspeitos que tem envolvimento comprovado no esquema. É ocaso da deputa Celcita Pinheiro (PFL-MT). Ela foi ouvida semana passadapelo colegiado e a relatora do processo, deputada Ann Pontes (PMDB-PA),adiantou na ocasião que está convencida da inocência da parlamentar