Economia solidária é forma de produzir ''sem patrão'' e ''sem empregado''

05/11/2006 - 17h56

Agência Brasil

Brasília - A economia solidária ganhou força nos últimos anos, mas ela ainda precisa superar uma série de desafios, como legislação e financiamento, para se firmar como alternativa de desenvolvimento para o país. A economia solidária é um conjunto de iniciativas de trabalhadores que se unem para administrar uma empresa e comercializar o que é produzido por eles. São exemplos de economia solidária as associações de catadores de material reciclável ou cooperativas de agricultores familiares.A economia social, que ganhou fôlego e se espalhou pelo Brasil na década de 90, é considerada uma prática social regida pelos valores da autogestão, cooperação, solidariedade e viabilidade econômica. O setor tem se consolidado, segundo o Ministério do Trabalho, como importante alternativa para milhares de trabalhadores que buscam espaço no mercado de trabalho. Hoje, são 15 mil empreendimentos que se organizam sob a forma de cooperativas, associações, empresas autegestionárias, redes de cooperação ou complexos cooperativos em torno de um único objetivo: promover a inclusão social de trabalhadores.Os empreendimentos econômicos solidários realizam atividades de produção de bens, prestação de serviços, finanças solidárias, trocas, comércio justo e consumo solidário. O Atlas da Economia Solidária, elaborado pelo governo em parceria com universidades, mostra que o setor emprega cerca de 1,250 milhão de pessoas.