Daniel Merli e Keite Camacho
Repórteres da Agência Brasil
Brasília - Doações de empresas agrícolas e bancos permitiram ao ex-governador goiano Marconi Perillo (PSDB) fazer a campanha mais cara do Centro-Oeste para uma vaga no Senado. Dos R$ 3,5 milhões que declarou à Justiça Eleitoral, Perillo arrecadou R$ 1,5 milhão junto a empresas do agronegócio.Uma das maiores doações individuais (R$ 230 mil) veio da Mitsubishi, fábrica japonesa de caminhonetes, que possui unidade em Catalão, interior goiano. Para instalar-se na região, a fábrica recebeu uma isenção, por 30 anos, de 70% do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).Os bancos também contribuíram com a candidatura de Perillo. Itaú e BMG doaram R$ 150 mil cada um. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) deu R$ 50 mil para a campanha de Perillo para senador. Em 2001, a CBF foi investigada por duas comissões parlamentares de inquérito (CPIs) na Câmara e no Senado.O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) publicou em sua página eletrônica a prestação de conta de 20 dos 27 senadores eleitos por cada estado da federação no primeiro turno das eleições deste ano. Os dados completos podem ser vistos em www.tse.gov.br